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Cavalaria

  • Publicado: Quinta, 14 Novembro 2019 13:10
  • Última Atualização: Segunda, 29 Janeiro 2024 15:11
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ARMA DE CAVALARIA

   Desde os primórdios, o homem busca combater o seu inimigo em melhores condições. Desse imperativo, surgiu a palavra AKVA, de origem sânscrita, cujo significado é “combater em vantagem de posição”. Na antiguidade, essa vantagem era conseguida por meio do uso de plataformas empurradas por guerreiros. Mais tarde, as plataformas foram sendo substituídas por elefantes, camelos e cavalos. Com o aperfeiçoamento das técnicas e táticas de combate essa vertente deu origem à Arma de Cavalaria. A rápida evolução tecnológica dos últimos anos, ampliou as possibilidades, por meio da agregação de inovações nas modernas plataformas de combate. Hoje, no bojo dos modernos carros de combate que, atualmente, equipam o Exército Brasileiro, ou sob as asas de helicópteros de reconhecimento e ataque, a Cavalaria continua atuando em largas frentes, precedendo as forças terrestres, reconhecendo, provendo segurança e realizando manobras envolventes e profundas. Além disso, suas características de flexibilidade, ação de choque, comunicações amplas e flexíveis, potência de fogo e proteção blindada lhe conferem, atualmente, papel decisivo no campo de batalha tridimensional e não linear cada vez mais letal e dinâmico.

 

SÍMBOLO DA ARMA DE CAVALARIA

   Composto por duas lanças cruzadas com bandeirolas e um laço de fita no cruzamento, foi adotado no início do século vinte como símbolo da Cavalaria. A lança, arma branca de choque, foi utilizada na primeira metade do século XIX pelos Lanceiros Alemães, pelos Guaranis das Missões, pela Cavalaria Ligeira e Guarda Nacional do Rio Grande do Sul. As demais Unidades da Arma, desdobradas no restante do País, naquele mesmo período, eram armadas com espada, clavina e pistola. A lança passou a ser o armamento padrão das praças de Cavalaria somente no final do 2° Reinado, por volta de 1880. Como armamento, a lança continuou a ser utilizada pela Cavalaria até o início da 2ª Guerra Mundial. A partir da década de cinquenta, seu uso foi declinando, tornando-se armamento empregado apenas no cerimonial militar.

PATRONO DA ARMA DE CAVALARIA

Marechal Manuel Luís OSÓRIO

   O Legendário Manoel Luís Osório nasceu em 10 de maio de 1808, na antiga Vila de Santo Antônio do Arroio, hoje Município de Osório, no Rio Grande do Sul. De soldado a marechal fez-se presente em todas as campanhas travadas pela manutenção e configuração de nossas fronteiras sul e oeste, desde a Independência até a Guerra da Tríplice Aliança. Foram ao todo nove campanhas, sendo na Batalha de Tuiuti, em maio de 1866, o ápice da sua trajetória. Osório revelou-se, no campo de batalha, talhado para o comando, um chefe que fascinava seus subordinados e que, pelo exemplo, empolgava e arrastava como nenhum outro jamais conseguiu em tão alto grau.

    Homem simples, de coração honrado, por seu próprio mérito ganhou todos os reconhecimentos dentro do exército e na esfera civil. Osorio, o Marquês do Herval, sempre teve o sangue cavalariano correndo em suas veias e isso lhe oferecia grande poder de liderança sobre seus homens e o respeito de seus pares e superiores. Em todas as campanhas de que participou (da Independência, Cisplatina, Farrapos, de Rosas, do Uruguai e Paraguai) ao longo de toda a carreira, de Alferes a Marechal, tornou-se um profundo conhecedor do soldado patriota e dos ardis do inimigo. Também exerceu diversas funções, sendo a mais importante a de comandante do exército na guerra contra o Paraguai.Condutor de homens por excelência e habilíssimo em aproveitar as propriedades do terreno, foi escolhido como Patrono da Arma de Cavalaria, por encarnar em vida os ideais de coragem, arrojo e habilidade no combate, inserindo-se, assim, na História do Brasil, como um de seus personagens mais significativos na galeria dos imortais heróis do nosso país.
   Depois de tão bela carreira e de ter comprovado seu caráter, faleceu no dia 4 de outubro de 1879.

                       "É fácil a missão de comandar homens livres, basta mostrar-lhes o caminho do dever."

 

 

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